A Secretaria da Segurança Pública do Paraná (Sesp) divulgou nesta sexta-feira (1º) o resultado das três fases da operação Fronteiras e Divisas Integradas I, executada com o apoio das forças de segurança dos estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul, além de outras instituições. A operação tem o intuito de combater organizações criminosas que utilizam as regiões fronteiriças e de divisas para passagem de ilícitos e outras ações criminosas. As etapas ocorreram de 13 a 21 de setembro, e resultaram, somados os três estados, na prisão de 946 pessoas, além da apreensão de 76 adolescentes.
Ainda durante o período das ações, os policiais retiraram de circulação 29,2 mil quilos de drogas, 2,2 milhões de maços de cigarro e 132 armas de fogo. Também foram apreendidos 613 veículos e 259 celulares, e 147 veículos foram recuperados.
De acordo com o secretário da Segurança Pública, Romulo Marinho Soares, esta operação foi possível graças à parceria e integração dos estados envolvidos com o mesmo propósito: combater a criminalidade.
“É um trabalho conjunto que envolve diversas forças policiais e instituições estaduais e federais, com foco em desconstruir a rede de tráfico para promover a manutenção da segurança pública do Paraná. Além disso, essa ação permite a atualização e mapeamento da logística de atuação da Secretaria, que servirá de base para futuras operações”, afirmou.
Somente no Paraná, nas três fases, foi empregado um efetivo de 9.815 policiais e servidores estaduais e federais, que atuaram em pontos de bloqueio na fronteira com o Paraguai e nas principais vias estaduais e federais, entre o Paraná, Mato Grosso do Sul e São Paulo. Também foram intensificadas as fiscalizações nas rodovias que dão acesso ao porto de Paranaguá e ao Aeroporto Internacional Afonso Pena para evitar a passagem de ilícitos em território nacional.
As equipes contaram com 3.264 viaturas, duas aeronaves, cinco cães, além de dois drones para patrulhamento preventivo e ostensivo. Toda ação foi monitorada pelo Centro Integrado de Comando e Controle Regional (CICCR), que conta com estrutura de câmeras e o apoio de representantes das instituições e dos órgãos de inteligência. Nas três fases foram utilizadas 2.533 câmeras de monitoramento em todo Estado.
A operação resultou, no Paraná, em 16.972 pessoas abordadas e, destas, 122 foram presas, além de 27 adolescentes apreendidos.
Também foram abordados 9.306 veículos e outros 1.837 fiscalizados eletronicamente – 299 acabaram autuados ou notificados e 32 apreendidos. Foi retirada de circulação 1,9 tonelada de drogas e apreendidas 22 armas de fogo, 337 munições, 300 quilos de agrotóxico e 810 mil maços de cigarro. As forças policiais recuperaram 19 veículos.
O coordenador da operação e chefe do Centro de Inteligência Estratégica, coronel Luiz Augusto Santiago, disse que a atuação conjunta, de forma planejada, é ferramenta fundamental para o sucesso.
“Foram quase 10 mil homens empregados nesta operação e o resultado desse trabalho foi muito positivo, pois tivemos um alto volume de apreensões e prisões efetuadas e, com isso, a maior beneficiada é a sociedade. Atuando conjuntamente com as forças federais e municipais podemos trazer mais segurança, não só para o Paraná, mas para o Brasil como um todo”, destacou.
RECEITA ESTADUAL – A Receita Estadual do Paraná também atuou durante as três fases, com 143 profissionais fazendo a fiscalização de possíveis irregularidades em 38 pontos, o que resultou em 141 autos de infração lavrados e na aplicação de mais de R$ 1,6 milhão em multas. Entre os principais produtos autuados estavam materiais de construção, madeira e derivados, carne bovina, entre outros.
FASES – A primeira fase da Operação Fronteiras e Divisas Integradas I aconteceu de 13 a 15 de setembro, com ações preventivas, repressivas e de polícia judiciária na região de fronteira com o Paraguai, entre as cidades de Foz do Iguaçu e Guaíra, região Oeste.
Na segunda etapa, de 16 a 19 de setembro, houve intensificação operacional em todo Estado, nas rodovias estaduais e federais na região fronteiriça com o Paraguai, na divisa com o Mato Grosso do Sul, além dos acessos ao Aeroporto Afonso Pena e ao Porto de Paranaguá.
De 20 a 21 de setembro, a terceira fase consistiu em operações preventivas e repressivas, de forma combinada com as forças federais e de polícia judiciária, na região de divisa com o estado de São Paulo, além de ações de reforço no Aeroporto Afonso Pena e no Porto de Paranaguá.
PARTICIPANTES – Participaram desta operação, pela Secretaria da Segurança do Paraná, as polícias Militar, Civil e Corpo de Bombeiros, com apoio da Polícia Científica e do Departamento Penitenciário (Depen), integrantes do Centro de Inteligência Estratégica, do Departamento de Inteligência (Diep) e do Centro Integrado de Comando e Controle Regional (CICCR).
Também foram parceiros as Secretarias da Segurança Pública de São Paulo, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro e Minas Gerais, além da Polícia Rodoviária Federal, Exército, Marinha, Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Receita Federal, Receita Estadual, Portos do Paraná e Infraero.
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