Em 2021, Toledo obteve, em termos proporcionais, o maior saldo per capita de geração de empregos entre os 21 municípios do Paraná com mais de 100 mil habitantes. De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta segunda-feira (31) pelo Ministério da Trabalho e Previdência, 4.248 novos postos de trabalho (30.385 admissões e 26.137 desligamentos) foram criados nos 12 meses do ano passado.
Este número representa uma média de 29.377,39 para cada um milhão de habitantes, à frente de Araucária (26.709,85), Cambé (23.796,31), Cascavel (22.524,87) e Curitiba (21.813,12). Em termos absolutos, o município ocupa a sexta posição, atrás de outros municípios com população e produto interno bruto (PIB) bem maiores: Curitiba (42.835), Maringá (8.379), Londrina (7.927), Cascavel (7.570) e São José dos Pinhais (5.973).
Para o superávit de 4.248 empregos obtido por Toledo em 2021, o setor de serviços foi o que mais contribuiu: 2.763 (11.730 admissões e 8.967 desligamentos). Em seguida, aparecem o comércio, com 622 (7.069/6.447); a indústria, com 450 (8.450/8.000); a construção, com 400 (2.462/2.062); e a agropecuária, com 13 (674/661).
Dezembro
O último mês do ano foi um ponto fora da curva, com 18 dos 21 municípios com mais de 100 mil habitantes do Paraná com saldo negativo - entre eles, Toledo, que registrou 1.943 admissões e 2.591 desligamentos, um deficit de 648 postos de trabalho. O maior número de baixas (-344) foi na indústria, que contratou 531 trabalhadores e demitiu 875; em seguida, aparecem os setores de prestação de serviços (-198/765/963), construção (-67/116/183), comércio (-28/502/530) e agropecuária (-11/29/40).
Em números absolutos, os cinco piores saldos negativos ficaram com Curitiba (-6.981), Ponta Grossa (-1.611), Maringá (-1.311), Londrina (-1.207) e Cascavel (-1.049). “Durante o ano, para suprir possíveis faltas de colegas que viessem a contrair Covid-19, as empresas contrataram um número razoável de colaboradores.
Em dezembro, com a sensível melhora no quadro epidemiológico, as empresas resolveram dispensar esse excedente, razão pela qual houve esse grande número de demissões. Para as empresas manterem as suas atividades, as empresas provavelmente terão que chamar de volta boa parte destes trabalhadores em razão do aumento significativo de casos registrado nos últimos dias”, analisa o diretor de Políticas de Emprego e Relações do Trabalho, da Secretaria do Agronegócio de Inovação, Turismo e Desenvolvimento Econômico (AgroDeseco) e gerente da unidade local da Agência do Trabalhador, Rodrigo Souza. “Tem também uma questão sazonal, a das contratações temporárias para atender demandas pontuais de fim de ano. Após o Natal, ocorrem as rescisões de contrato e isso impacta negativamente no nosso saldo de empregos”, acrescenta.
Por Assessoria
Nenhum comentário
Postar um comentário