Nesta semana, a colheita do milho no Paraná atingiu a mais de 60 mil hectares – 14% da área estimada para a primeira safra 2021/2022, de 437 mil hectares. A expectativa, até o momento, é de que sejam produzidas 2,7 milhões de toneladas. Esse é um dos temas abordados no Boletim Semanal de Conjuntura Agropecuária, divulgado nesta quinta-feira (03). O documento é preparado pelos técnicos do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento.
Segundo o boletim, até agora, 39% da área de milho a colher registra boas condições, enquanto 37% das lavouras apresentam condições medianas e 24% têm condições ruins. Quanto à segunda safra de milho 21/2022, já foram plantados 257 mil hectares – 10% dos 2,6 milhões previstos para esta safra.
O documento do Deral também traz informações sobre o mercado atual de milho, e os dados mostram que o cenário comercial é favorável para o produto. Em janeiro de 2022, o preço recebido pelo produtor pela saca de 60 kg foi de R$ 88,35. Esse valor representa uma alta de 22% quando comparado a janeiro do ano passado.
Colheita de milho. Foto: Gilson Abreu/AEN |
No mercado internacional, a variação neste mesmo período foi de 14%. O preço aquecido internamente tem influência cambial, que variou positivamente entre janeiro de 2021 e janeiro de 2022, além de uma demanda maior pelas cadeias que consomem o cereal no Estado.
FRUTICULTURA – Os itens mais comercializados nas Ceasa do Paraná em 2021, considerando a movimentação financeira, foram, respectivamente, batata, tomate, maçã, banana e mamão. Juntos, esses cinco produtos representam 33,2% e 34,7%, respectivamente, dos R$ 3,7 bilhões negociados e de 1,3 milhão de toneladas transacionadas nas unidades atacadistas públicas.
MANDIOCA – Na última semana, os produtores de mandioca receberam, em média, R$ 591,00 pela tonelada na indústria. A saca de 25 kg de fécula foi comercializada a R$ 93,00, em média, e a saca de 50 kg de farinha crua foi vendida a R$ 128,00. A safra de mandioca de 2021/2022 ocupa uma área de 131.000 hectares e deverá produzir em torno de 2.800.000 de toneladas.
SOJA E TRIGO – A safra de soja paranaense teve um avanço na colheita nesta semana e chegou a 11% da área total, estimada em 5,6 milhões de hectares. A produção obtida no campo até agora está abaixo da expectativa inicial e, em algumas regiões, as perdas superam 50%. Das lavouras a colher, 36% têm condição boa, 33% condição mediana e 31% ruim.
Em relação ao trigo, o Boletim informa sobre as cotações em janeiro, que tiveram grande volatilidade em Chicago, oscilando entre 740 e 830 centavos de dólar por bushel. No entanto, a última cotação foi 760, abaixo do fechamento de 2021.
Esse alívio momentâneo nas cotações, somado a um mês de fortalecimento do real frente ao dólar, colabora para que as importações de trigo em 2022 tenham uma situação menos crítica que no último trimestre de 2021, porém ainda desafiadora.
PECUÁRIA LEITEIRA E AVICULTURA – A análise do Deral mostra que 2022 começou com desafios para a atividade leiteira. Alta nos custos de produção e a estiagem têm sido os maiores gargalos da atividade. O aumento nos preços da soja e do milho, produtos bases da ração para os animais, é uma das razões para a alta nos custos.
As exportações brasileiras de carne de frango cresceram 25% em faturamento em 2021. Na quantidade exportada, o aumento chegou a 8,3%. Maior produtor e exportador nacional de carne de frango, o Paraná registrou crescimento de 8,31% no volume exportado e de 21,8% no faturamento. O Estado é responsável por 40,4% do volume total exportado pelo Brasil e 38,3% da receita cambial.
Por AEN
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