Durante o período de férias, o desejo de viajar para um lugar novo aumenta, mas este ano, junto com o desejo, também aumentou o preço das passagens. O economista Renan Gomes, explica que alguns dos motivos para a alteração do preço das passagens aéreas foi devido a alta nos preços dos combustíveis no mundo todo, além de questões inflacionárias, o que afetou todo o mercado e não apenas companhias aéreas.
“Além disso, tem umas questões mais particulares para esse setor, que seria o caso de uma demanda reprimida. Durante o auge da pandemia, muita gente deixou de viajar e certamente postergou esse sonho da viagem para um momento em que a pandemia estivesse mais controlada. Houve também a necessidade de readequar voos durante a pandemia para momentos mais recentes”, comenta o especialista.
“Cada vez mais as pessoas estão enxergando que viajar não é um custo. Viajar é um investimento pessoal, porque a viagem lhe tranquiliza, tira o estresse, então cada vez mais as pessoas estão entendendo que viajar deixou de ser um custo para ser realmente um investimento. Um investimento para si, porque no final das contas você volta de viagem, como se fosse recarregado. Então você vai produzir mais, você vai trabalhar melhor, você vai estudar melhor, porque você se deu esse tempo”, enfatiza.
O agente ressalta que para a Reserve Viagens e Turismo, o destino mais procurado e também mais caro é Jericoacoara (CE), pois apesar de não ser uma praia tão cara, é mais distante da capital o que acaba tornando o custo mais alto devido ao transporte. Os destinos mais baratos para a agência acabam sendo os mais pertos da capital, como a praia do Cumbuco (CE).
A estudante de Brasília, Renata Sousa, de 24 anos, pensou em viajar para Búzios (RJ), mas desistiu após procurar passagens e só encontrar valores elevados. “Surgiu uma oportunidade de viajar para Búzios, comecei a olhar passagens, mas o valor das passagens não estava compensando, estava extremamente caro e no final acabei desistindo e ficando por aqui mesmo”, completa.
O economista Renan Gomes também afirma que aspectos como preço do combustível, cotação do dólar e o processo inflacionário são fatores macroeconômicos que não possuem uma perspectiva de melhora em curto prazo. “A gente ainda tem uma pressão inflacionária alta, tanto que as taxas de juros estão bastante altas no Brasil e os preços dos combustíveis ainda oscilam bastante num patamar bastante elevado”, conclui.
Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil |
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