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TUBERCULOSE: Brasil está no grupo de países responsáveis por 82% de casos no mundo

O dia 24 de março é considerado o  Dia Mundial de Combate à Tuberculose (TB). A data foi criada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 1982, em homenagem aos 100 anos do anúncio do descobrimento do bacilo causador da tuberculose, o Mycobacterium tuberculosis, também conhecido como bacilo de Koch.

Segundo a OMS, a tuberculose é uma das doenças infecciosas mais mortais do mundo. Em 2020, foram registrados cerca de 10 milhões de casos da doença em todo o mundo, com cerca 1,4 milhão de mortes. Todos os dias no mundo, mais de 4 mil pessoas morrem de tuberculose e cerca de 30 mil adoecem. 

Foto: Freepik
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João Alho, médico reumatologista, explica que assim como o Covid-19, a TB é transmissível pelo ar, mas com algumas diferenças importantes.

“A tuberculose é uma doença que se passa pelo ar com uma coisa que a gente chama de aerossol mas, ao contrário da Covid, que você pode em um simples contato pegar, isso não acontece com a tuberculose. Em geral, são contatos prolongados em lugares fechados com pessoas da nossa casa, do nosso trabalho”, completa.

De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil ocupa o 17º lugar entre os 22 países responsáveis por 82% do total de casos de tuberculose no mundo. Embora seja uma doença passível de ser prevenida, tratada e mesmo curada, ainda mata cerca de 4,7 mil pessoas todos os anos no Brasil.

Cada paciente com tuberculose pulmonar que não se trata, pode infectar em média de 10 a 15 pessoas por ano. Alguns fatores contribuem para a disseminação da doença como a pobreza, a AIDS, a desnutrição, as más condições sanitárias e a alta densidade populacional.

Sintomas

  • Tosse seca ou com secreção por mais de três semanas, podendo evoluir para tosse com pus ou sangue;
  • Cansaço excessivo e prostração;
  • Febre baixa geralmente no período da tarde;
  • Suor noturno;
  • Falta de apetite;
  • Emagrecimento acentuado;
  • Rouquidão.

Tratamento

O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece tratamento gratuito para a doença, que é feito de acordo com a indicação médica, com o esquema recomendado pelo Ministério da Saúde com 4 medicamentos (rifampicina, isoniazida, pirazinamida e etambutol), por um período de seis meses.

Caso seja feito de forma correta e sem abandonos durante o processo, a Fiocruz alega que o tratamento é 100% eficaz e dura cerca de seis meses a um ano. O instituto também alerta que caso o paciente não siga o tratamento à risca,  a doença pode se tornar resistente aos remédios e se espalhar para outros órgãos e sistemas do corpo.

Prevenção

Igor Aser, clínico geral, orienta que a melhor forma de prevenir e controlar a tuberculose é através da identificação precoce dos casos suspeitos e tratamento adequado dos casos confirmados.

“A oferta da vacina BCG que se encontra disponível no SUS também é uma medida importante para prevenir a forma mais grave da doença em populações mais vulneráveis, como por exemplo, as crianças”, explica.

A vacina BCG é oferecida de graça no SUS e deve ser aplicada em crianças logo ao nascer ou, no máximo, antes dos  cinco  anos de idade. Outros cuidados como evitar o contato por tempo prolongado com pacientes diagnosticados com TB em ambientes lotados, fechados e com pouca ventilação, também devem ser adotados. 

Tipos de tuberculose

Os tipos da doença são catalogados de acordo com o local onde a bactéria se instala. Os principais são:

  • Tuberculose pulmonar: forma mais comum da doença, na qual o bacilo se instala nos pulmões. É caracterizada pela tosse seca e constante com ou sem sangue.
  • Tuberculose óssea: ocorre quando o bacilo consegue entrar e se desenvolver nos ossos, o que causa dor e inflamação.
  • Tuberculose ganglionar: nesse tipo da doença, o bacilo penetra no sistema linfático do paciente, podendo atingir pescoço, virilha ou o abdômen. 
  • Tuberculose pleural: ocorre quando há o acometimento da pleura, um tecido que reveste os pulmões. O principal sintoma é a dificuldade de respirar. 

 



Fonte: Brasil 61


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