Foto: José Paulo Lacerda/CNI |
Um cenário positivo. No primeiro trimestre de 2023, os pequenos empresários da indústria apresentaram bom desempenho, segundo o Panorama da Pequena Indústria, uma pesquisa trimestral da Confederação Nacional da Indústria (CNI). O Índice de Desempenho das indústrias de pequeno porte registrou média de 44,0 pontos, resultado que pode ser considerado positivo quando comparado ao desempenho médio para os primeiros trimestres (42,6 pontos). O resultado também está acima da média histórica (43,8 pontos).
O índice do primeiro trimestre foi puxado por março, que registrou 46,6 pontos, já que janeiro e fevereiro foram meses de pior desempenho (42,6 pontos e 42,7 pontos, respectivamente). O índice permanece acima da média histórica.
De acordo com o economista Carlos Eduardo Pinheiro, três fatores podem ter influenciado na melhora do setor. “Primeiro, aumento da renda do trabalhador, segundo, a inflação perdeu o seu ímpeto, ela ainda não caiu, mas está perdendo o ímpeto e com esses dois fatores ele traz o terceiro que é a confiança dos consumidores. Isso afeta positivamente a confiança dos consumidores que afeta positivamente o consumo", salienta o economista.
O indicador procura analisar o volume de produção, a capacidade instalada e a evolução de contratações nas empresas. Varia de 0 a 100 pontos. Quanto maior, melhor a performance. O levantamento da CNI é trimestral e tem como base a análise dos dados da pequena indústria levantados na Sondagem Industrial, na Sondagem Indústria da Construção e no Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI). As pesquisas ouvem, todos os meses, aproximadamente 900 empresários de empresas de pequeno porte.
Perspectivas positivas
O deputado Heitor Schuch (PSB-RS), presidente da Comissão de Indústria, Comércio e Serviços da Câmara dos Deputados, comemora esse crescimento. “O resultado surpreende positivamente e dá a sensação de que as pequenas empresas se reorganizam mais rapidamente nos seus negócios, na sua eficiência, no seu trabalho, ajustam as suas demandas e a sua empresa de forma mais rápida. Fico feliz por esse número", afirma o deputado.
Para o parlamentar, é importante lembrar que a pandemia de Covid-19 afetou fortemente todo o mercado. “A indústria nacional perdeu muito espaço no PIB nos últimos 20 anos, nas últimas duas décadas. A pandemia também foi muito cruel, foi difícil para o pessoal, em especial porque os insumos de modo geral, que são necessários para compor um produto, aumentaram muito, ainda mais quando se dependia de importações e o poder aquisitivo dos consumidores ficou muito menor. Muita gente perdeu o seu emprego, muita gente ficou sem trabalho. Os número mostram isso com muita clareza", destaca o parlamentar.
Fonte: Brasil 61
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