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Câncer de colo do útero responsável por milhares de mortes no Brasil em 2020

O câncer de colo do útero causou a morte de 6.627 pessoas no Brasil em 2020, de acordo com o Ministério da Saúde. Estima-se que entre 2023 e 2025, cerca de 17 mil mulheres sejam diagnosticadas com esse tipo de câncer, que é causado pelo papilomavírus humano (HPV). O vírus é facilmente transmitido através do contato com a pele infectada, principalmente durante a relação sexual.

A ginecologista Charbele Diniz explica que a maioria da população já teve algum contato com o vírus, mas nem todos os tipos de HPV causam câncer. Alguns causam apenas verrugas e outros podem permanecer assintomáticos.

Neste contexto, a Campanha Julho Verde-Escuro destaca a importância dos exames preventivos e do diagnóstico precoce dos cânceres ginecológicos, como os tumores de colo do útero, corpo do útero e ovário.

O Instituto Nacional de Câncer (Inca) destaca que é possível erradicar os tumores malignos no colo do útero no Brasil, desde que a população siga as diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS). Mulheres entre 25 e 35 anos devem realizar exames preventivos e aquelas com alterações devem receber tratamento adequado. Além disso, meninas e meninos entre 9 e 14 anos devem ser vacinados contra o HPV, preferencialmente antes do início da vida sexual.

Desde 2014, o governo brasileiro disponibiliza a vacina quadrivalente contra o HPV, que pode ser obtida gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para meninos e meninas entre 9 e 14 anos, além de pessoas imunossuprimidas com até 45 anos.

No entanto, a crença equivocada de que a vacina pode estimular a iniciação sexual precoce faz com que muitos pais evitem vacinar seus filhos adolescentes. Gustavo Guitmann, chefe do Departamento de Ginecologia Oncológica do Inca, ressalta que a vacina é segura e eficaz, e que é importante superar os tabus e conscientizar sobre os benefícios da imunização.

Andreia Medeiros, psicóloga e mãe de uma adolescente vacinada contra o HPV, enfatiza que não falar sobre o assunto não previne, e que ter consciência dos riscos e benefícios é uma forma de cuidado. Sofia van Chaijk, estudante de 15 anos que recebeu a vacina, agradece à mãe por protegê-la contra o HPV, tendo conhecimento dos riscos e consequências da doença.

Foto: Renato Araújo/Agência Brasília
Foto: Renato Araújo/Agência Brasília

Por Agência Brasil



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