Sete estados apresentam crescimento de casos de síndromes respiratórias. Enquanto no país há sinal moderado de queda de novos registros de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) na maioria das faixas etárias analisadas, exceto nas de crianças pequenas e adolescentes, o Boletim InfoGripe, divulgado pela Fiocruz, mostra tendência de crescimento em longo e curto prazo no Acre, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraná e Rondônia. Os dados são referentes à Semana Epidemiológica 28, de 9 a 15 de julho, que tem como base as informações inseridas no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até 17 de julho.
Na maior parte dos estados, o sinal de crescimento é leve e pode estar associado a uma oscilação comum. Já no Acre e no Pará, o aumento está concentrado nas crianças e adolescentes. A infectologista Joana D’arc explica porque esse público é mais afetado. “Crianças pequenas precisam de um cuidado especial porque muitas não terminaram o esquema vacinal completo, que é preconizado pelo Programa Nacional de Imunização. Elas são mais frágeis por causa disso, e por isso podem adoecer mais e desenvolver Síndrome Respiratória Aguda Grave. E alguns adolescentes pela questão de maior exposição, acabam tendo maior contato com possíveis pessoas infectadas e são disseminadores e podem adoecer também”, detalhou.
Os dados do boletim mostram que diversos estados e regiões do país apresentam estabilidade em um patamar ainda elevado. Entre as capitais, seis apresentam sinal de crescimento: Florianópolis, Goiânia, Natal, Porto Velho, Rio Branco e Vitória.
Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos com resultado positivo para vírus respiratório foi de influenza A, com 8,7%; influenza B, com 3,8%; vírus sincicial respiratório, com 38,5%; e covid-19, com 22,2%. Entre os óbitos, a presença desses mesmos vírus entre os positivos foi de influenza A, com 15,7%; influenza B, com 5,2%; vírus sincicial respiratório, com 13,4%; e covid-19, com 50,7%.
Manter a vacinação em dia, segundo a infectologista Joana D’arc, é a principal forma de prevenção. “A gente tem várias vacinas que cobrem vírus e bactérias que circulam nesse período, a gente tem a da gripe, a da covid, meningite, as pneumonias. Então, são inúmeras as vacinas que você pode estar revendo no seu o cartão de vacina, ver se falta alguma dessas vacinas no calendário do seu filho, e comparecer ao posto para atualizar. A melhor prevenção é essa”, reforçou.
Os dados relativos aos resultados laboratoriais por faixa etária apontam para manutenção na queda ou estabilização dos casos positivos para covid-19 na população adulta de todas as idades. Também se observa indícios de possível queda ou estabilização nos casos de síndrome respiratória aguda grave associados ao vírus influenza. Entre as crianças pequenas, se mantém o predomínio de casos associados ao vírus sincicial respiratório.
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