Em março de 2016, recebi um diagnóstico que mudou toda a minha vida. Eu estava com câncer de mama. Tudo começou quando um dia meu esposo sentiu um caroço na mama. Na época, demorei três meses para fazer o exame.
Eu trabalhava bastante e tinha pouco tempo para cuidar de mim e da minha saúde. Após finalmente fazer o exame, descobri um câncer localmente avançado na mama esquerda com 5 cm.
Quando o tratamento começou, foi um período muito sacrificante. Durante a quarta quimioterapia, fui internada com infecção generalizada e neutropenia gravíssima, no qual os médicos me deram somente de quatro a cinco dias de vida.
Tive queimadura de terceiro grau, queimou minha garganta e perdi vinte e sete quilos. Porém no tratamento da quimioterapia, engordei 30 quilos. Isso foi por conta da grande quantidade de corticoide.
Perder meus cabelos foi a parte mais difícil. No desespero, cheguei a passar cola no meu cabelo, para não perdê-los. Foi quando caiu a ficha que estava doente. Foi um momento de muito sofrimento.
Depois do tratamento, achei que estava tudo bem. Porém, veio uma suspeita de novo tumor que demorou seis meses para ser diagnosticado. Desta vez era no ovário. Era um tumor benigno, porém eu estava com várias complicações devido ao tratamento e tive que retirar o útero e o ovário, o que me tirou o sonho de ser mãe. Foi uma histerectomia radical, onde eu levei quarenta e dois pontos vertical.
A ideia de criar o Instituto Unidas Para Sempre surgiu durante a fase do segundo câncer. Momento que me tirou a possibilidade de ser mãe. Criei o grupo junto com amigas que também enfrentavam a doença. Começou nas redes sociais como um canal para que mulheres pudessem compartilhar suas dores. O número de participantes foi aumentando cada vez mais e ainda com indicações de profissionais que se apresentavam como voluntários.
Unidas para Sempre - Foto Divulgação |
A iniciativa não ajuda só mulheres, também recebemos casos de homens e crianças. Realmente, começou com um grupo de câncer de mama, mas cresceu numa proporção que hoje são pessoas com vários tipos de câncer.
Hoje, o Instituto tem mais de 575 participantes, contando com o apoio de profissionais, como: psicólogas, nutricionistas, advogadas, oncologistas, clínicos geral, assistentes sociais, enfermeiras, dentistas, terapeuta sexual, nutricionistas ortomoleculares, neuropsicólogo, micropigmentação e fisioterapeutas. Cada um exercendo uma função essencial e doando um serviço sem custo.
O objetivo é apoiar e dar suporte ao paciente com câncer e outras patologias, além de realizar mensalmente a distribuição de cestas básicas para famílias de pacientes de câncer. O trabalho não conta com a ajuda do governo e é realizado somente com o apoio de parceiros e voluntários. Mesmo tendo poucos recursos, conseguimos doar 13 toneladas em 2022.
Site: https://www.unidasparasempre.com.br/
Para quem quiser ajudar a instituição:
C/C: Itaú; Agência 8166 / Conta: 99693-7
PIX: CNPJ 40.647.852/0001-90 – Associação unidas para sempre
Telefone de contato: (21) 97671-8109
Jaqueline Chagas, paciente de câncer e fundadora do Instituto “Unidas para Sempre” |
Por Joyce Nogueira - Agência Drumond - Assessoria de Comunicação
Assessora de Imprensa
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