O Brasil está próximo de fechar o ano com quase 2 milhões de casos de Covid-19. O número de mortes pode passar de 14.mil. Os dados são do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). O levantamento mostra que 2023 segue para um resultado melhor se comparado a 2022, que teve 14.041.169 casos confirmados da doença. São Paulo (6.747.669) e Rio de Janeiro (2.884.826) são os estados com o maior número de notificações. As taxas consideram as mortes confirmadas pelo Ministério da Saúde e a população do Censo Demográfico 2022 do IBGE em cada unidade da Federação.
Para o médico especialista em medicina tropical e membro da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, Dalcy Albuquerque Filho, o cenário pode até ser positivo, mas é fundamental permanecer com os cuidados, principalmente, com o aparecimento de novas variantes.
“Essas novas variantes podem preocupar? Sim, claro que podem preocupar, porque muitas vezes elas driblam o imunizante que nós já tomamos, isso é um fenômeno normal, para vírus e bactérias, o desenvolvimento de resistência, de variantes resistentes. Então a gente tem que sempre estar preocupado, porque uma nova infecção pode ocorrer e, dependendo da sua imunidade para essa variante específica, você pode, sim, desenvolver novos quadros. Embora você já tenha tomado a vacina e isso já amenize um pouco, você tem alguma imunidade”, alerta.
De acordo com o Conass, desde o início da pandemia, em 2020, já foram 38.106.633 diagnósticos confirmados no Brasil. Ao todo, são 708.021 mortes causadas pela doença. Só na última semana epidemiológica, entre 26 de novembro e 02 de dezembro, foram registrados 28.222 novos casos no país.
JN.1 e JG.3 avançam
O Ministério da Saúde informou que foram identificadas duas sublinhagens de uma variante da Covid-19 no Brasil (JN.1 e JG.3) que estão sendo monotiradas. Segundo a pasta, inicialmente detectada no Ceará, as variantes já estão ganhando proporção global e já correspondem a 3,2% dos registros em todo o mundo. Elas já foram encontradas em 47 países, conforme relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS).
O pesquisador do Programa de Computação Científica (Procc/Fiocruz) e coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, destaca que a Covid-19 tem ganhado mais destaque nos estados da Região Norte e Nordeste.
“Mantido o sinal de aumento para o estado de Ceará, Pernambuco, Maranhão. E além disso, a gente também tem ali um pequeno sinal no estado do Piauí. Não está muito claro, pode ser apenas a instalação, mas como a gente está com esse cenário aí, né, de uma aparente entrada e de cada vez um número maior de estados da região Nqordeste, nesse novo ciclo de aumento no número de internações associadas a covid vale também a ressalve e a atenção em relação ao estado do Piauí também”, avalia.
Nenhum comentário
Postar um comentário