Não observar a sinalização na via, deixar de manter a distância de segurança do veículo à frente, distrações com dispositivos eletrônicos e falta de descanso antes da viagem podem comprometer a atenção do motorista e ainda provocar acidentes. Um levantamento da Polícia Rodoviária Federal (PRF) revela que a reação tardia ou ineficiente do condutor foi a maior causa de acidentes no trânsito em 2023 com 9.820 ocorrências.
Para Celso Mariano, diretor do Portal do Trânsito, os motoristas precisam entender que uma pequena distração pode levar a um grave acidente.
Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil |
“Quando olhamos para as ações que resultaram em acidentes, nós vemos desde condutor que dormiu ao volante até aquelas reações tardias ou ineficientes do condutor passando por velocidade incompatível por estar dirigindo sob efeito de álcool ou outra substância psicoativa que altere o comportamento e as capacidades, as sensibilidades do condutor”, destaca.
Ele ainda acrescenta: “Muitas vezes é aquele veículo insuspeito de quem a gente imagina que não há riscos que vem às vezes um posicionamento errado na via ou adentram a via com velocidade incompatível que resulta naquele fator de risco que juntando-se a outros tantos que sempre estão presentes resultam em acidentes”, observa.
Ausência de reação do condutor é a segunda maior causa de acidentes. Acessar a via sem observar a presença de outros veículos que vêm logo atrás, na terceira posição. Condutor que deixou de manter a distância do veículo da frente está na quarta posição seguido por velocidade incompatível, manobra de mudança de faixa, ingestão de álcool pelo condutor, demais falhas mecânicas ou elétricas, transitar na contramão e condutor dormindo ao volante. Essas são as dez principais causas de acidentes de trânsito em 2023, segundo a Polícia Rodoviária Federal.
Para o policial rodoviário federal Aristides Júnior, se os motoristas adotarem uma postura mais cautelosa, mais responsável, com mais atenção, o número de acidentes pode ser reduzido.
“O motorista é a principal engrenagem em todo o sistema de trânsito. Ele que realmente pode e deve fazer a diferença de uma forma positiva, pois só assim nós teremos condições de obter reduções nos números de acidentes e, por consequência, no número de feridos e, principalmente, no número de mortes”, alerta.
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