A hipertensão arterial, conhecida popularmente como pressão alta, caracterizada pelo aumento da pressão do sangue que circula pelo corpo, é a doença crônica mais comum entre os brasileiros. Dados da Organização Mundial da Saúde apontam que cerca de 30 milhões têm a doença no país. O número é preocupante, uma vez que a hipertensão é um fator de risco para uma série de doenças cardiovasculares, dentre elas as que mais matam: o infarto agudo do miocárdio e o AVC (Acidente Vascular Cerebral).
Doença silenciosa
A hipertensão arterial é silenciosa e geralmente não apresenta sintomas, por isso, o cardiologista do Policlínica Hospital de Cascavel, Rafael Barradas Correia Castro Bastos, alerta para a importância do monitoramento constante da pressão arterial, para que possa ser diagnosticada a doença. “Na maioria dos casos, a hipertensão arterial é assintomática, a pessoa não sente absolutamente nada. Então precisamos ter um acompanhamento adequado do nível da pressão, se estiver alterado é muito importante que façamos o tratamento certo para que não haja o risco de ter infarto ou derrame cerebral”, ressalta.
O número de mortes em consequência da doença vem aumentando no Brasil e alarmando autoridades. Um levantamento do Ministério da Saúde aponta que em 10 anos, de 2011 a 2021, o número de óbitos aumentou 72%, passando de 23.233 para 39.964.
Tontura, falta de ar, palpitações, dor de cabeça frequente e alteração na visão podem ser os sinais de alerta, por isso a recomendação é buscar atendimento médico. É considerada hipertensão arterial quando os valores das pressões máxima e mínima são iguais ou ultrapassam os 140/90 mmHg (ou 14 por 9).
Prevenção e tratamento
O desenvolvimento da hipertensão pode estar relacionado a alguns fatores como: obesidade, histórico familiar, estresse e envelhecimento. “As principais formas de prevenção das doenças cardiovasculares são: estilo de vida saudável, com prática de atividade física, dieta adequada, procurar se manter dentro do peso ideal e obviamente tomar as medicações que o médico indica, tanto para o controle de pressão ou outras doenças cardíacas que a pessoa já possa ter. O controle do colesterol também é muito importante para evitar o desenvolvimento da doença”, reforça o especialista.
Na maioria dos casos, a doença não tem cura e o tratamento pode aliar medicamentos e hábitos saudáveis, mas dependendo da situação, a adoção de um estilo de vida mais saudável com bons hábitos alimentares, redução no consumo de sal, atividade física regular, não fumar e moderar o consumo de álcool, já são suficientes para manter a doença sob controle.
Artigo de autoria Contelle Comunicação - Letícia Caroline Fernandes
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