A catarata é uma doença que deixa a visão opaca por conta da perda de transparência do cristalino, uma lente que existe dentro dos olhos e que, por uma série de fatores, pode ficar opaca, impactando na qualidade da visão, conforme explica o oftalmologista e um dos fundadores do Hospital de Olhos de Cascavel, Darci Dacome. “Conforme a idade vai passando, o cristalino vai perdendo a transparência, ficando mais amarelado e evoluindo ficando cada vez mais opaco, então gradativamente todo mundo desenvolve catarata. A doença inicia em qualquer idade, mas é mais comum após 55/60 anos e vai progredindo até o paciente procurar o consultório já com baixa visão e então passar por cirurgia”, explica.
Além da idade, hábitos não saudáveis, outras doenças e a falta de cuidados básicos com a visão podem colaborar para a formação da catarata. “Traumas (lesões oculares causadas por acidentes, por exemplo) podem causar catarata e algumas doenças oculares também podem levar à doença. Doenças sistêmicas como o diabetes e a utilização de medicamentos que contém corticoide também são fatores que podem contribuir para a formação da catarata. Além disso, a exposição ao sol sem proteção tem impactos negativos na saúde dos olhos. Então, a recomendação para prevenir a doença é manter hábitos saudáveis, uma alimentação nutritiva e evitar excessos”, ressalta.
Catarata - imagem ilustrativa |
Além da catarata adquirida, ou seja, desenvolvida ao longo da vida, também existe a catarata congênita, ou seja, casos de crianças que já nascem com a doença por problemas genéticos, por isso a avaliação de um especialista é indispensável. “É muito importante realizar exame oftalmológico em um recém-nascido. A criança pode nascer com catarata e não conseguir comunicar os sintomas”, alerta.
Como é feita a cirurgia
De acordo com o Conselho Brasileiro de Oftalmologia, a cirurgia é o único método eficaz para tratar a doença. “Na cirurgia você tira a lente que está opaca e implanta uma lente artificial dentro do olho. É usado um aparelho que se chama facoemulsificador, que vai fragmentar e aspirar o cristalino, ou seja, o núcleo da catarata, no local onde você vai implantar a lente novamente. É uma cirurgia delicada, mas tranquila. É rápida, demora em torno de 20 minutos, mas muito meticulosa, uma cirurgia de detalhes”, afirma.
A tecnologia é a grande aliada da evolução dos procedimentos, trazendo mais precisão e segurança. “Em todas as cirurgias nós usamos microscópio, que amplia a imagem e permite uma observação muito maior dos detalhes. A tecnologia caminha junto, se você não tiver uma boa tecnologia, não vai ter um bom padrão cirúrgico”, completa Darci.
A lente artificial implantada pode ser do tipo bifocal, com a qual a pessoa enxerga de longe e de perto sem óculos, ou monofocal, que permite a pessoa enxergar bem para longe, mas para perto precisa de óculos. A definição de qual é a mais indicada para cada paciente é definida com base em exames oftalmológicos.
Dr. Darci Dacome |
Artigo de autoria Contelle Comunicação - Letícia Caroline Fernandes
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