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Adapar adere a programa nacional para acesso a imagens de alta resolução

Para reforçar o compromisso ambiental e com a segurança pública, a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) aderiu à plataforma do Programa Brasil MAIS (Meio Ambiente Integrado e Seguro). Com isso, passa a ter como aliadas em seu trabalho de fiscalização as imagens de alta resolução de satélite atualizadas diariamente pelo governo federal nas áreas de segurança pública e polícia judiciária.

“O passo dado pela Adapar fortalece a integração entre as instituições de segurança pública e meio ambiente, demonstrando o compromisso do Paraná com a inovação, a defesa agropecuária e a preservação ambiental do agronegócio paranaense”, diz o diretor-presidente da Adapar, Otamir Cesar Martins. A adesão ocorreu na semana passada.

O engenheiro agrônomo Alessandro Casagrande, assessor técnico do Gabinete da Adapar, destacou que a adesão é possível apenas para instituições que apresentam atividades típicas de Estado, como a fiscalização da defesa agropecuária. A inclusão da Adapar no programa deve trazer inúmeros benefícios, principalmente na área da sanidade vegetal e na conservação de solos e água.

“O grande ganho é a atualização diária de imagens com excelente resolução espacial, algumas das quais possuem uma resolução espacial de 3 metros, o que permitirá checar a evolução de eventuais irregularidades nas áreas de interesse da defesa agropecuária”, afirma Casagrande.

PROGRAMA – O Programa Brasil MAIS oferece acesso a imagens de satélite de altíssima resolução, quatro a sete vezes melhores do que as disponíveis ao público. O programa foi instituído pela Portaria n.º 535/2020, do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

As imagens são obtidas por meio da constelação PlanetScope, composta por mais de 180 satélites que cobrem diariamente uma área de 8,5 milhões de quilômetros quadrados, praticamente todo o território brasileiro. As imagens são capturadas e disponibilizadas em até 24 horas, permitindo uma rápida tomada de decisão e suporte às operações em campo.

As imagens fornecidas pelo programa são ortorretificadas (corrigidas das distorções devido à geometria) e possuem uma resolução espacial de 3 metros, com resolução radiométrica de 12 bits. Além disso, a constelação de satélites Dove e SuperDove, que compõem o PlanetScope, consegue captar até 8 bandas espectrais.

Os mosaicos mensais são gerados sistematicamente a partir das imagens diárias, garantindo uma cobertura homogênea com mínima presença de nuvens. Essas imagens podem ser acessadas via Plataforma Web ou API, sendo também disponibilizadas em diferentes índices específicos e composições de cores.

BENEFÍCIOS – Segundo o chefe do Departamento de Sanidade Vegetal (DESV), Renato Rezende Young Blood, com o acesso às imagens de alta resolução do Programa Brasil MAIS será possível monitorar de maneira mais eficiente e precisa as áreas agrícolas, florestais e de pastagem do Estado.

“A tecnologia permitirá a detecção rápida de atividades em não conformidade com as boas práticas agrícolas, como a evolução dos processos erosivos, o abandono de pomares comerciais de interesse da defesa agropecuária, o monitoramento do controle do vazio sanitário da soja e a prescrição irregular de agrotóxicos em culturas inexistentes”, afirma.

Para o coordenador do Programa de Fiscalização do Uso do Solo Agrícola, Luiz Renato Barbosa, a adesão à plataforma proporcionará auxílio às ações já em andamento com o uso de ARP (drones), como em atividades relacionadas ao correto uso e manejo do solo agrícola. “Obtendo-se imagens com a precisão disponibilizada pelos satélites poderemos identificar inconformidades nos sistemas de exploração de solo agrícola”, explica.

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Também os trabalhos de avaliação de microbacias hidrográficas em municípios do Estado podem ser fortalecidos. “Esperamos contar com o uso da plataforma especialmente na avaliação das microbacias hidrográficas que possuem extensas áreas a serem levantadas, a exemplo da microbacia de captação de águas do município de Jandaia do Sul, com aproximadamente 1.700 hectares, e da microbacia do Ribeirão Piava em Umuarama, que abrange área em torno de 8 mil hectares”, destaca Barbosa.

Este projeto de microbacias tem também as participações do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná – Iapar-Emater (IDR-Paraná) e da Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar).

Para Luiz Angelo Pasqualin, engenheiro agrônomo e coordenador do Programa do Sistema de Monitoramento do Comércio e Uso de Insumos de Interesse da Defesa Agropecuária, da Adapar, a adesão soma muito aos trabalhos da defesa agropecuária que já vinham sendo realizados. “A DESV já vinha trabalhando com dados de satélites abertos, no entanto, o acesso à plataforma do Programa Brasil MAIS possibilita um salto de qualidade, permitindo identificar maiores detalhes na paisagem com uma frequência muito maior”, diz Pasqualin.

A plataforma já se mostrou essencial em várias operações de combate ao crime ambiental. Em 2021, 67 operações de segurança pública utilizaram essa tecnologia, resultando em ações efetivas contra desmatamento e outras atividades ilícitas. A Adapar agora pode integrar esses recursos em suas operações diárias, fortalecendo a capacidade de resposta e gestão da defesa agropecuária paranaense.

INTEGRAÇÃO – Com a entrada da Adapar, o Programa Brasil MAIS passa a contar com mais de 490 instituições federais, estaduais e municipais cadastradas. O aumento na rede de usuários possibilita uma maior cooperação e troca de informações entre as instituições, potencializando o uso da tecnologia para a segurança e sustentabilidade do meio ambiente e da agricultura brasileira.

Adapar adere à programa nacional para acesso a imagens de alta resolução Foto: Reprodução site Programa Brasil Mais

Fonte: AEN


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