Se é no bar onde nascem os grandes clássicos da música brasileira, Dani Gon sabe a fórmula certeira para compor um hit para afogar as mágoas. Literalmente, do balcão do bar aos palcos de todo o Brasil, o artista que começou a carreira musical como garçom, anuncia a sua nova fase profissional, com o lançamento do primeiro single e clipe: ´´Não Bebo Acetona``.
Considerado um dos principais expoentes do sertanejo, Dani Gon sabe o quanto o público é exigente quando o assunto é mesa de bar. Não à toa, a sua história musical não poderia começar muito longe, foi no próprio restaurante onde ele trabalhava quando surgiu a oportunidade de pisar no palco pela primeira vez.
´´Eu sempre fui apaixonado por música. Mas, em 2019, foi quando eu me ferrei e a música se tornou meu ganha pão. Eu fui demitido de uma empresa e havia acabado de comprar o apartamento onde eu moro até hoje com a minha família. Mas, naquela época, sem dinheiro, e o apartamento na planta, nós fomos morar na garagem do meu sogro. Eu comecei a trabalhar, literalmente, o dia todo, inclusive como atendente em bar”, rememora o artista que ganhou notoriedade não como garçom, mas como cantor.
Segundo Dani Gon, certo dia, no bar onde trabalhava, ele pediu para dar uma canja. Daquela noite em diante, todos os dias, o público da casa pedia para ele cantar algumas músicas. E foi quando de fato, tudo começou.
“Eu trabalhava em um bar restaurante de frutos do mar e petiscaria, tinha uma temática de piratas em todo o espaço. Eu comecei a usar na cabeça um quepe de pirata que havia lá, aleatoriamente, e o público começou a me reconhecer por isso. E aí, em determinado momento, eu fazia o ´Garçom Show`. No início eu cantava uma música, quando eu percebi, já estava fazendo um show e sendo reconhecido no bairro. Mas, começou a pandemia”.
Com direito a ´plost twist`, quando os espaços retomaram as atividades durante o período pandêmico, o restaurante contratou Dani Gon como artista principal da casa. E como todo início de carreira na vida de um artista existem vários perrengues, com ele não foi diferente.
Inicialmente, com pouco dinheiro, Dani ensaiava as músicas pelo karaokê, no próprio celular, ele não tinha carro e muito menos caixa de som. E ainda que tivesse, não sabia como utilizar.
Mas, quando ele recebeu o convite de uma cliente do bar para fazer um show particular, tudo mudou. “O pessoal do restaurante me emprestou o carro e a caixa de som, e eu nem sabia montar a caixa. Mas, fiz o show, todo mundo gostou, e no final, eu recebi o meu primeiro cachê. A partir disso eu comecei a investir na minha carreira”, revela.
Dani começou a fazer muitos shows aos finais de semana, além das performances com o ´´Garçom Show``. Integrou algumas duplas, compôs diversas músicas e como em qualquer empresa, quando começou a ganhar destaque fora do ambiente de trabalho, o funcionário deixou o salão para assumir os palcos em todo o país, ou como ele sempre diz: trocou a taxa pelo cachê.
´´Eu me enxergo como cantor, depois que eu comecei a investir tecnicamente e entender o meu público. O início sempre foi um improviso, mas nada do que eu fazia naquela época era premeditado. Quando eu comecei a fazer muitos shows aos finais de semana, eu realmente comecei a ganhar uma grana e pude comprar meus equipamentos. Eu fui aprendendo com cada situação, assim como é hoje em dia”, recorda o artista que salienta a importância em valorizar as conquistas e a importância em acreditar nos próprios sonhos.
“Passei por muitos perrengues no início da minha história. Quando eu comprei os meus equipamentos, sei quantos shows foram necessários para poder potencializar o meu trabalho. Depois disso, eu comprei o meu carro, e agora estou indo cada vez mais longe. Eu vivo da minha música”, afirma.
Não Bebo Acetona
Para uma boa sofrência fazer sucesso, alguns itens são imprescindíveis. Mas, quando tem desilusão amorosa e muitos litrões na mesa do bar, a música vai direto ao ponto. Em ´´Não Bebo Acetona``, Dani Gon deixa claro e adverte que a receita para afogar as mágoas de um amor podem ser drásticas, mas repletas de reviravoltas. Afinal, no balcão de um bar, tudo pode acontecer, e Dani Gon entende bem dessa história.
Que a vida copia a arte e vice e versa não é novidade para ninguém. Mas, se fosse ao pé da letra, a composição de ´´Não Bebo Acetona`` seria uma carta aberta sobre algum relacionamento frustrado de Dani Gon. Mas, o compositor, há 11 anos, quando escreveu a letra, vivenciava uma grande história de amor. “Eu sou casado há 17 anos e a minha esposa estava comigo quando eu compus. Então a letra não é autobiográfica”, brinca o artista.
Para Dani Gon, o processo da composição vai além do empírico e poético. A compreensão do mercado fonográfico é um processo fundamental para ele. Tanto, que, a letra de 2013, vai de encontro às referências de um período fértil do sertanejo.
“Quando eu fiz a letra de ´Não Bebo Acetona` era uma época em que o sertanejo vivenciava um momento completamente diferente, principalmente pelos estilos e a multiplicidade da própria música sertaneja. Muitas duplas despontavam naquele período onde o sertanejo universitário estava em evidência e a própria cena sendo reconhecida pela imprensa especializada”, enfatiza.
Embora a trajetória da carreira musical do Dani Gon seja completamente distinta, das taxas do bar ao palcos, atualmente, para ele, o entendimento e discernimento do mercado fonográfico é uma preocupação pontual. A dedicação do artista sobre o seu próprio ofício é uma compreensão necessária para ele também administrar o seu processo criativo.
“Eu percebo que o público tem revivido muitas músicas do período em que eu fiz a letra. Se você analisar o TOP 50 do Spotify, hoje em dia, é nítido esse fato. Por outro lado, atualmente, a música sertaneja ficou um tanto pasteurizada. Elas explodem e somem rápido. Então, ´Não Bebo Acetona` é uma música que as pessoas, além de curtirem, vão lembrar de várias outras histórias”.
Dani Gon ressalta que, a letra de ´´Não Bebo Acetona`` é daquelas que antes mesmo de a música acabar, o público já sabe o refrão. “A composição fala sobre os desencontros da vida e a desilusão amorosa. Ou seja, um clichê clássico da melhor qualidade. Ele tem o poder de mostrar para o público, o quanto a intensidade do amor pode te levar à loucura”.
Com a produção musical assinada pela Tom Maior Produções, ´´Não Bebo Acetona`` traz a sonoridade marcada pela viola, com arranjos musicais potencializados pelo acordeon e referências musicais do pop e vanerão.
Ficha Técnica ´´Não Bebo Acetona``
Gênero: Sertanejo
Compositor e Intérprete: Dani Gon
Arranjos: Tom Maior Produções
Produção Musical: Tom Maior Produções
Foto de capa: Mard
Design de capa: Arthur Reis
Fotos de divulgação: Victor Dias
Assessoria de imprensa: Cabana Assessoria
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