O Paraná enviará à Paraolimpíadas de Paris, que será disputada de 28 de agosto a 8 de setembro, 28 atletas e técnicos, a maior delegação da história do Estado – assim como também foi recorde o número de paranaenses na recém-encerrada Olimpíada, com 35 pessoas. A delegação paralímpica do Paraná em 2024 supera a de Tóquio-2020 (25 atletas e técnicos) e a da Rio-2016 (18 participantes).
Dos 28 que estarão em Paris neste ano, 20 são bolsistas do programa Geração Olímpica e Paralímpica (GOP), dos quais 12 também são apoiados via Proesporte – Programa de Fomento e Incentivo ao Esporte do Paraná, ambos do Governo do Estado, coordenados pela Secretaria do Esporte (SEES).
“A expectativa é grande em relação à Paralimpíada”, afirma Clésio Prado, diretor de Fomento e Promoção do Esporte da SEES. “Temos certeza absoluta de que os nossos representantes nos Jogos de Paris, tanto os atletas como os técnicos, vão obter resultados extremamente positivos nesse ambiente que, hoje, é de muita felicidade em relação ao fomento e o incentivo ao esporte do Paraná. Desejamos boa sorte aos nossos representantes paranaenses.”
Entre os atletas de destaque apoiados pelo Estado estão Mari Santili e Igor Tofalini, da paracanoagem; Edwarda Oliveira, do vôlei sentado, e o técnico de parataekwondo Rodrigo Ferla. Eles tiveram suas histórias contadas na série de reportagens da Agência Estadual de Notícias (AEN) - Especial Geração Olímpica e Paralímpica.
JOGOS OLÍMPICOS – Os atletas que representaram o Paraná nos Jogos Olímpicos de Paris, concluídos no dia 10 de agosto, trouxeram seis das 20 medalhas conquistadas pelo Brasil na segunda melhor participação do país na história do evento. Das seis medalhas (todas de bronze), duas contaram com participação de bolsistas do programa Geração Olímpica e Paralímpica: Julia Soares, no conjunto da ginástica artística, e o técnico Adailton Gonçalves, que apesar de não receber a medalha, foi fundamental na conquista de Beatriz Ferreira no boxe (peso leve feminino).
Outras conquistas vieram dos curitibanos Augusto Akio (Japinha), no skate, e Roberta Ratzke, levantadora que compôs a equipe brasileira de vôlei feminino. Julia Bergmann, também do vôlei (nascida na Alemanha, mas criada em Toledo, no Oeste do Estado) e Rafael Silva, o Baby (nascido no Mato Grosso do Sul, mas que se considera paranaense e passou a praticar judô em Rolândia, no Norte do Paraná), também subiram ao pódio.
GERAÇÃO OLÍMPICA E PARALÍMPICA – Criado pelo Governo do Paraná em 2011, o Geração Olímpica e Paralímpica é considerado o maior programa estadual de incentivo ao esporte na modalidade bolsa-atleta, conforme pesquisa da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e divulgada na Revista Latino-Americana de Estudos Socioculturais do Esporte. Desde então, tem sido uma iniciativa de destaque no fomento e apoio aos talentos esportivos.
Até o final de 2024, o programa terá investido mais de R$ 55 milhões em bolsas financeiras para atletas e técnicos vinculados a instituições paranaenses (federações e escolas), atendendo desde jovens promessas a estrelas de renome internacional. A iniciativa é patrocinada pela Copel desde o início – e de forma exclusiva desde 2013.
O programa abrange, além do pagamento mensal de bolsas financeiras a atletas e técnicos, recursos necessários para a execução e gestão das atividades previstas, confecção de uniformes, material de divulgação e promoção, infraestrutura de logística (hospedagem, alimentação e transporte), programas de treinamento e capacitação, bem como avaliações médicas e laboratoriais dos atletas.
PROESPORTE – Também do Governo do Paraná, o Programa Estadual de Fomento e Incentivo ao Esporte destinou R$ 50 milhões no edital 2024/2025 e mais R$ 50 milhões já anunciados para 2026/2027. Criado em 2013 e regulamentado em 2017, é uma lei de incentivo que permite aos contribuintes do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) a destinação de parte do valor do imposto a recolher para projetos credenciados pela Secretaria de Estado do Esporte.
Desde 2018, ano do primeiro edital, já foram destinados R$ 83 milhões para 577 projetos. “O investimento do Estado no Proesporte era tímido. Quando assumimos proporcionamos um salto nesses valores", diz o secretário estadual do Esporte, Hélio Wirbiski. "O Paraná está cuidando do próximo ciclo olímpico. Esperamos ter em 2028 um terço a mais de atletas do que tivemos nesse ciclo de Paris”.
De acordo com o coordenador do Proesporte, Otávio Vinícius Taguchi, R$ 10 milhões foram destinados a projetos de pessoas com deficiência, atendendo 39 projetos. “O olhar especial para o paradesporto está no Plano de Governo da atual gestão", complementa.
Foto: Foto: Ricardo Ribeiro/AEN |
Fonte: AEN
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