A quantidade de estabelecimentos voltados à saúde aumentou no Paraná nos últimos anos. São novos hospitais, policlínicas, Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e Unidades Básicas de Saúde (UBS) que reforçam a descentralização dos atendimentos, fazendo com que o paranaense possa ser atendido mais perto de sua casa. Em 2023, eram 31.109 estabelecimentos em todo o Estado, entre públicos (municipais/estaduais/federais) e privados, 24,6% a mais que o registrado em 2018 (24.958).
O aumento foi constatado na segunda edição do boletim Investimento em Foco, produzido pelo Centro Integrado de Gestão e Governança (CIG-PR), ligado à Casa Civil e com base em dados do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes). O documento mostra que, de 2018 a 2023, 6.151 estabelecimentos de saúde foram abertos no Paraná.
Segundo o governador Carlos Massa Ratinho Junior, esta é uma área prioritária que necessita de investimentos constantes. “Na saúde não tem missão cumprida. É necessário investir sempre, modernizar, introduzir tecnologia e estrutura para o atendimento da população”, disse. “É o que estamos fazendo, com a abertura de novos hospitais, construção de Ambulatórios Médicos, tudo isso para garantir atendimento a todos os paranaenses.”
Os estabelecimentos de saúde envolvem, por exemplo, Unidade Básica de Saúde (UBS), Unidade de Pronto Atendimento (UPA), Unidade de Vigilância em Saúde, Unidade Móvel de Nível Pré-hospitalar - Urgência / Emergência, hospitais, policlínicas, Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), entre outros.
Somadas todas as categorias, a cidade que teve o maior aumento percentual no período foi Paranacity (500%), saindo de 4 em 2018 para 24 em 2023. Quinta do Sol, Catanduvas, Iretama, Corbélia e Esperança Nova também tiveram aumentos expressivos, entre 200% e 300%.
Em números absolutos, a variação foi maior em Curitiba, que registrou 1.011 estabelecimentos de saúde de todos os tipos a mais no período, chegando a 7.240 no total. Umuarama, Campo Mourão, Cascavel, Ponta Grossa, Londrina e Maringá também são destaques, com mais de 200 novas unidades cada uma, de todos os tipos.
NÚMEROS – Entre os destaques do avanço apontado no boletim está o crescimento no número de policlínicas no Paraná, que passou de 915 em 2018 para 1.317 em 2023, crescimento de 43,9%. O Governo do Estado está construindo em todas as regiões 14 Ambulatórios Médicos de Especialidades (AMEs), uma espécie de policlínica que reúne diversas especialidades em um mesmo local. Ivaiporã e União da Vitória são as cidades com as obras do AME mais adiantadas, com 74% e 70% de execução, respectivamente.
Já o número de clínicas e ambulatórios especializados passou de 2.563 para 3.600 no mesmo intervalo de tempo, aumento de 40,5%. E esse número deverá aumentar ainda mais com os dados de 2024. Somente na última segunda-feira (18), um centro médico com 25 clínicas de diversas especialidades foi inaugurado dentro de um shopping em Curitiba. O mesmo ocorreu em Cascavel, em que cerca de 15 clínicas entraram em operação após a inauguração de um shopping na cidade.
Outro tipo de estabelecimento de saúde que também teve crescimento acima dos 40% foi o de Unidade Móvel de Nível Pré-hospitalar, como ambulâncias e aeronaves para atendimento a pacientes. Foram 344 em 2023, ante 245 em 2018. O Estado tem buscado renovar a frota de veículos da Saúde nos últimos anos. Somente para o Serviço Integrado de Atendimento ao Trauma em Emergência (Siate) foram mais de 60 veículos adquiridos para renovação da frota, que conta com 95 unidades.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) também foi expandido no Estado. Depois de 18 anos de operação, passou a estar disponível nos 399 municípios do Paraná em 2022. Atualmente são 79 ambulâncias avançadas, 228 ambulâncias básicas, 20 ambulâncias de reforço e cobertura de rodovia e seis aeronaves de asa rotativa, totalizando 333 veículos para atendimento à população, sendo 20 unidades com repasses exclusivos do Governo do Estado e 313 de forma tripartite.
As Unidades de Pronto Atendimento (UPA) também tiveram importante ampliação, passando de 88 para 112 no período, avanço de 27,2%. Cidades como Palmas, Arapongas e Tapejara, por exemplo, receberam unidades com apoio do Governo do Estado.
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) tem trabalhado com um modelo similar, o Pronto Atendimento Municipal (PAM). Ao menos 28 estão em construção em diversas cidades, como Pontal do Paraná, Curiúva, Astorga, Reserva, Bela Vista do Paraíso, Paraíso do Norte, Rio Bonito do Iguaçu, Rio Negro, Rolândia e Londrina.
CRIANÇAS – O Paraná, que já é um importante polo de saúde infantil no Brasil, tem ampliado ainda mais a atenção para essa parcela da população. São mais de R$ 750 milhões aplicados ou em execução pelo Governo em obras, reformas, ampliações, equipamentos e custeio da estrutura de saúde infantil no Estado ao longo dos últimos anos.
O objetivo é capilarizar o serviço de saúde por diferentes regiões do Estado, ampliando a oferta de atendimentos especializados, exames, cirurgias e consultas para o público infantil. “A saúde da criança sempre foi uma prioridade da Secretaria de Estado da Saúde e isso fica evidente nos vários aportes que realizamos nos últimos anos”, destacou o secretário de Saúde, Beto Preto.
Em setembro deste ano, o Governo do Estado inaugurou o Hospital da Criança de Maringá, tornando-se um importante polo infantil tanto para o Interior do Estado, quanto para o Brasil. Com 24,2 mil metros quadrados de área construída, a unidade conta com 13 blocos conectados por um grande corredor central, onde funcionarão 40 leitos de UTI nas alas pediátrica e neonatal, 148 leitos de enfermaria, centro cirúrgico, hospital-dia, centro de especialidades, duas recepções, laboratório, centro de imagens e uma ala de ensino e pesquisa.
O hospital se soma à estrutura especializada em saúde infantil do Estado que já contava com o Hospital Infantil Waldemar Monastier, em Campo Largo. A unidade na Região Metropolitana de Curitiba é referência nos atendimentos a crianças em casos de média e alta complexidade de todo o Estado. O hospital aumentou todos os seus serviços, como a oferta de leitos ativos, que passou de 68 em 2019 para 112 em 2024; mais do que dobrou o total de internações por mês, de 194 para 479; e multiplicou o número de cirurgias realizadas, de 53 para 300.
O Governo do Estado também está aportando recursos para construção da nova unidade do Hospital Pequeno Príncipe, que deve ser concluída em 2026. O hospital será construído no bairro Bacacheri, em Curitiba, e vai receber mais de R$ 50 milhões de investimento do Estado, ampliando as atividades do complexo pediátrico, cuja unidade no bairro Água Verde já é a maior do Brasil neste tipo de atendimento.
Também será criado o Complexo de Reabilitação Silvio Santos, em Curitiba, em parceria com a AACD (Associação de Assistência à Criança Deficiente). A estrutura vai contar com a construção de um novo hospital, fruto de um investimento de R$ 65 milhões do Governo do Estado, e também marca a chegada da AACD ao Paraná. A unidade será construída ao lado do Hospital de Reabilitação Ana Carolina Moura Xavier, o que vai possibilitar a expansão dos serviços de reabilitação física, auditiva, visual e intelectual prestados pelo Estado.
INVESTIMENTOS – O Investimento em Foco apresenta as principais ações e investimentos do Governo do Paraná, fornecendo dados atualizados sobre a economia do Estado e transparência nos investimentos públicos. Também trata de temas relevantes, como questões sociais e de sustentabilidade. O programa de controle de cheias, por exemplo, na área ambiental, inclui planos, projetos e obras para minimizar os impactos das inundações em diversas regiões.
CIG-PR – O Centro Integrado de Gestão e Governança é uma iniciativa da Casa Civil, em parceria com a Fundação de Apoio à Pesquisa ao Ensino e à Cultura (Fapec) da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul. Ele tem como objetivo desenvolver uma nova modelagem de gerenciamento de projetos e políticas públicas, visando a eficiência e a transparência nas ações do Governo do Estado.
Hospital de Toledo. Foto: Gilson Abreu/AEN |
Fonte: AEN
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