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Empresas precisam se preparar para normativa de saúde mental no trabalho, alerta psicóloga especialista

A ansiedade e o estresse no ambiente corporativo atingiram níveis alarmantes nos últimos anos, impactando diretamente a produtividade e o bem-estar dos trabalhadores. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o país com o maior índice de ansiedade no mundo, afetando cerca de 9,3% da população. Além disso, dados da International Stress Management Association (ISMA-BR) apontam que 72% dos brasileiros economicamente ativos sofrem com estresse no trabalho, sendo que 32% deles já estão em estado de burnout – uma síndrome resultante do esgotamento profissional.

Diante desse cenário, a partir de maio, uma nova normativa tornará obrigatória a adoção de medidas de saúde mental no ambiente de trabalho, exigindo das empresas ações concretas para prevenir e tratar transtornos psicológicos entre os colaboradores.

O impacto da ansiedade e do esgotamento mental não é exclusivo do Brasil. Segundo a OMS, cerca de 301 milhões de pessoas no mundo vivem com transtornos de ansiedade, sendo um dos principais fatores de afastamento no trabalho.

Nos Estados Unidos, um levantamento do National Institute for Occupational Safety and Health (NIOSH) revela que 83% dos trabalhadores sofrem de estresse relacionado ao trabalho, e mais de 50% afirmam que seu desempenho é afetado diretamente pela sobrecarga emocional.

Na Europa, a Agência Europeia para a Segurança e Saúde no Trabalho (EU-OSHA) destaca que cerca de 50% das faltas ao trabalho estão relacionadas ao estresse laboral, impactando diretamente a economia e a eficiência das empresas.

Empresas precisam se preparar para a normativa

A partir de maio, empresas precisarão cumprir novas diretrizes para promover a saúde mental no trabalho, implementando ações estruturadas para reduzir os índices de ansiedade, estresse e burnout dentro das organizações.

De acordo com a psicóloga Mariana Stachiu, especialista em comportamento humano e liderança, o papel das empresas precisa ir além do básico. "Não basta apenas reconhecer que a saúde mental é um problema. As organizações precisarão investir em estratégias reais de prevenção e apoio, desenvolvendo as lideranças para atuarem de forma mais humana e criando um ambiente de trabalho que favoreça o equilíbrio emocional", afirma.

Para Mariana, algumas ações-chave podem ser adotadas imediatamente, como capacitação de líderes, espaços de escuta ativa, flexibilização e equilíbrio, apoio psicológico interno, treinamentos sobre saúde mental, avaliação e monitoramento.

"A saúde mental deixou de ser um diferencial e passou a ser uma necessidade empresarial, especialmente com a nova normativa. Empresas que não se adaptarem poderão sofrer impactos na produtividade, no engajamento e até em ações trabalhistas relacionadas ao bem-estar dos funcionários", reforça Mariana.

Mariana Stachio_crédito Flavia Withers

Artigo de autoria Paula Batista - Gerente de Comunicação Lide Multimidia



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